A busca por saúde e bem-estar nas edificações impulsiona uma nova tendência no mercado imobiliário. Entenda como essa demanda está transformando o setor.
O que significa saúde e bem-estar na construção civil?
O conceito de saúde e bem-estar na construção civil vai além da eficiência energética ou da sustentabilidade ambiental. Ele está centrado na experiência humana dentro dos espaços construídos. Isso inclui elementos como qualidade do ar interno, conforto térmico, acústico e visual, acesso à luz natural, presença de vegetação e ambientes que promovem a saúde mental e física dos ocupantes.
Com a pandemia da COVID-19, esse tema ganhou ainda mais relevância. A percepção sobre o impacto dos ambientes na nossa saúde se intensificou, acelerando uma mudança na forma como projetamos e avaliamos edifícios.
Tendências que impulsionam o bem-estar no mercado imobiliário
Demanda por ambientes saudáveis: Ocupantes estão cada vez mais exigentes em relação à qualidade dos espaços onde vivem e trabalham. Aspectos como iluminação natural, ventilação cruzada e uso de materiais não tóxicos são diferenciais competitivos.
Certificações ambientais focadas em saúde: Selos como o WELL e o Fitwel incorporam critérios específicos para medir e valorizar a saúde e o bem-estar nos edifícios. Essas certificações se tornaram indicadores de valor no mercado.
Biofilia na arquitetura: A integração de elementos naturais nos ambientes construídos promove sensação de bem-estar, reduz estresse e melhora a produtividade. Jardins internos, paredes verdes e o uso de madeira são cada vez mais comuns.
Avaliação da qualidade do ar e da luz: Estudos mostram que a exposição à luz natural e a boa qualidade do ar estão diretamente ligadas à saúde física e cognitiva. Por isso, sistemas de monitoramento de CO2, temperatura e umidade estão sendo incorporados desde o projeto.
Impacto na valorização dos imóveis
Empreendimentos que priorizam o bem-estar dos ocupantes têm maior aceitação no mercado e tendem a se valorizar mais rapidamente. Incorporadoras e investidores que entendem essa tendência saem na frente, especialmente em um cenário onde a qualidade de vida se tornou prioridade.
Como aplicar o conceito na prática
- Na fase de projeto: Incluir diretrizes de conforto ambiental desde a concepção, com simulações que avaliem o desempenho térmico, lumínico e acústico.
- Na escolha de materiais: Optar por opções com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis (COVs) e com certificação de sustentabilidade.
- Na operação dos edifícios: Adotar sistemas de monitoramento da qualidade do ar, controle de iluminação e incentivos ao uso de escadas, por exemplo.
Por que incorporar o bem-estar agora?
O bem-estar no ambiente construído deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência do mercado. Seja por pressão dos consumidores, por tendências regulatórias ou por valorização do ativo imobiliário, promover a saúde nos edifícios é estratégico.
O futuro é centrado nas pessoas
Mais do que eficientes ou sustentáveis, os edifícios do futuro serão aqueles que cuidam das pessoas. Incorporar a saúde e o bem-estar como pilares da construção civil é alinhar seu projeto às novas demandas do mercado e aos princípios da arquitetura responsável.
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